No Silêncio da Noite
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
5 Capítulo - Raciocínio Rápido
Ryan se afastou de mim. Todos estavam preocupados, até Kristin. Daí eu abri os olhos, todos sorriram, eu sentia sede, mas ainda estava com a cor normal.
- Ela é uma vampira ? - disse Kristin estranhando.
- Acho que não, se ela fosse teria que estar pálida. - Jack confuso.
- Minha boca está... - eu disse. Eu consegui falar. Fiquei paralisada, fechei a boca e não quis mais dizer nada. Todos ficaram assustados, inclusive Ryan.
Nós fomos para a casa da familía Hall , eu sentei em uma mesa no quarto dos pais de Ryan, Michael ficou conferindo sobre oque tinha acontecido. Ele pegou uma agulha, e enfiou em um dos meus braços, sem sangue. Colocou novamente mas no outro, lá tinha sangue. O meu coração batia, eu ainda estava viva, eu conseguia falar. Tudo estava estranho.
- Sangue de um lado e do outro não - disse Michael
- E como ela conseguiu falar ? - perguntou Ryan por mim.
- O veneno deve ter afetado as cordas vocais dela, juntando as duas já que estavam rompidas.
Michel estava olhando meus olhos com uma lanterna.
- Olhos vermelhos. Ela tem um dos lados normais e o outro diferente, sem sangue. Vamos conferir isso.
=Meus olhos estão vermelhos ? - eu pensei, já que achava estranho falar.
- Estão sim - respondeu Ryan
- Uma meia-vampira, muito bom Ray - Jack entrando no quarto.
-Você pode estar certo -Michael disse pensativo, Ryan, Jack e eu, olhamos para ele.
Já eram 3 horas da manhã, todos nós não tinhamos dormido ainda. Ryan me deixou em casa, meus pais não tinham chegado em casa ainda. Subi e fui direto para cama, Ryan ficou comigo até eu conseguir dormir. Quando consegui fechar os olhos, o despertador tocou, Ryan já estava de pé.
-Acho melhor irmos cedo para escola, não sei se você vai conseguir se controlar com seus pais.
-Tá - foi oque eu consegui dizer.
Na escola, de primeira, eu não conseguia controlar meus passos, eu andava muito rápido.
-Um pé e depois o outro, tenta- disse Ryan.
Eu fiz oque ele disse, e consegui andar normalmente. No intervalo, a sede incomodava, mas dava para segurar. Kristin tentou me ajudar junto com Ryan. Becca e David estranharam de ver eu ficando junto dos "Estranhos" e fofocaram sobre nós, eu conseguia ouvir a conversa deles. Voltei para sala,fui a primeira a entrar pois eu estava começando a não aguentar o cheiro de sangue na Cantina. Quando abri a porta, ela veio inteira na minha mão. Sorte que não tinha niguém na sala.
- Eu coloco -disse Ryan meio sorridente colocando a porta no lugar.
Ryan e Kristin foram me deixar em casa, ficamos todos do lado de fora, eles dois ficaram como seguranças caso eu não aguentasse a sede. Kristin gritou pelos meus pais. Olhei para Ryan com medo e esperei. Eles saíram.
-Filha!!! Eu não te vi hoje de manhã - disse Lorenah
- Poisé! Aprontando algo? - disse John olhando para Ryan. Eu neguei com a cabeça - Já estava com saudades !
Papai abriu os braços para me dar um abraço, olhei nos olhos dele e dei um sorriso meio falso. Comecei a sentir o cheiro, o melhor cheiro que eu já tinha sentido, me deixei levar. Eu dei um passo pra frente para atacar meu pai mas Ryan me empediu segurando minha barriga. Me salvei, papai só me deu um beijo.
-Está com olhos vermelhos ? - papai notou já que estava perto de mim, ficamos com olhos vermelhos quando sentimos sede, Ryan havia me explicado na casa dele.
-Eu emprestei uma lente para ela, ela gosta de coisas vampirescas não é?! - Kristin olhando para mim sorrindo.
- Bom , vamos entrar Rachel ! - disse mamãe. Olhei para Ryan com cara de preocupada - Vocês vão querer entrar ? - mamãe se refirindo à ele e Kristin.
- Não obrigada, nossos pais disse para chegarmos em casa na hora! - disse Krisitn. Ryan trocou olhares comigo, para dizer que iria me encontrar lá em cima. Mamãe sorriu e entrou com meu pai, eu fui logo atrás.
- Filha eu aluguei um filme legal quer.... - Papai disse, eu subi as escadas correndo - assistir ? - mamãe sorriu e abraçou John.
Fechei a porta, e fiquei encostada nela respirando. Joguei a mochila no chão e fui para o espelho, eu não tinha me visto ainda depois da mordida. Eu estava diferente, com a mesma aparencia mas diferente. Ryan entrou no quarto ficando do meu lado. Ele me olhava como se estivesse perguntando se estava tudo bem .
- Me sinto estranha... - eu disse
- Defina estranha .
Não respondi nada, fiquei só me olhando e pensando como aquilo aconteceu tão rápido. Mas me sentia muito melhor. Me sentei na cama e olhei para Ryan, ele também estava me olhando.
-Porque eu senti vontade de atacar meu pai ? - perguntei
-Não sei, talvez seja porque... Porque ele tem o mesmo tipo de sangue que o seu - Ryan estava olhando para baixo. Aquilo fazia sentido, talvez ele tivesse razão.
- Eu tive um sonho ontem à noite, nele essas pinturas significavam algo... - eu disse apontando para a parede onde estava o grafite.
Ryan foi se aproximando para olhar detalhadamente cada desenho abstrato que tinha ali. Parecia que ele estava reconhecendo algo, talvez quem pintou.
- Quem fez esse grafite ? - perguntou.
- Não sei, mas se você quiser posso perguntar pro John.
- Eles parecem mesmo ter sentido... - Ele olhava atentamente para a parede.
Levantei da cama e fui olhar de perto o desenho. Num dos desenhos, eu consegui distinguir letras.
- Olha, acho que é uma sigla! - disse apontando para um desenho. O desenho eram do lado direito eram flores que formavam um D ao contrário, dois dragões formavam dois "S" .
- DSS ! - Ryan se espantou - Oque será que isso está fazendo aí ?!
- Oque é isso ? - perguntei curiosa para ele.
- Different Supernatural Study, eles são cientistas que gostam de fazer experimentos. Você pode ver quem pintou isso com seu pai ?
- Uhum ! - Ryan me deu um beijo na testa e pulou da janela. Fiquei sem entender grande parte da conversa. Eu sou uma vampira, eu tenho que saber de tudo. Tá, eu sou uma meia vampira.
Sexta-feira, na escola quase tudo normal. E Rebecca cada vez mais apaixonada por David. Naqueles últimos dias só dava oi e tchau pra eles, nunca mais nos "falamos" como antes. Estava na sala de aula quando Ryan chegou. Professor chamou a atenção dele para não chegar mais atrasado.
- Consegui o endereço do cara ! - eu disse
- Ótimo! Vou lá hoje à tarde.
- Nós vamos você quer dizer.
-Não só eu vou, pode ser arriscado demais.
-Eu quero ir - quando eu disse isso, o tempo mudou de quente para frio, começou a chover de uma hora para outra. Olhei para janela, todos olharam, Ryan olhou para mim.
- Você fez isso ? - disse baixinhho. Eu não respondi.
Saída da escola, já tinha avisado para meus pais que iria na loja do grafiteiro, disse que uma amiga queria um desenho no quarto dela. Kristin parou a gente.
- Vocês vão para a loja dele ? - ela deveria ter lido oque nós iamos fazer.
-Sim, eu sei que você pode ir correndo para casa. - disse Ryan
- Literalmente - eu sorrindo e entrando no carro.
Logo chegamos na loja dele, era perto do... nada. Era uma casinha pequena azul. Lá haviam alguns clientes comprando coisas estranhas,ele também vendia coisas da Índia, exemplo aqueles Elefantes de prata.
-Queremos falar com Pankaj ! - Ryan falou com a recepcionista. Ela olhou meia desconfiada.
- Ele está lá dentro.
Ao invéz de porta eram aquela curtina de miçanga, tinha um balcão , um cara gordo estava lendo jornal.
- Pankaj ?! - eu perguntei.
- Sou eu - respondeu ele com um rosto feliz.
- Estamos aqui para falar sobre um de seus grafites. Eles tem significados ? - Ryan perguntou.
-Sim, algum deles tem. Porque? - Pankaj
-O do meu quarto parecia estar escrito DSS ! - mostrei as fotos que eu tinha tirado da parede.
- Sim, exatamente. Pelo jeito todos os desenhos tem significados. - Pankaj
- Todos ? -perguntei
-Sim! Alguns até podem ser o mapa do futuro.
-Pode explicar o significado de cada desenho?! - Ryan
-Os asteristicos, paz . Flores, esperança. Espirais, dificuldade. Sol , guerra...
- Espera.. existem vários sol's na minha parede. - falei, Pankaj levantou os ombros.Eu me assustei.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
4 Capítulo - Batalha no Campo de Beisebol
No dia seguinte, Ryan não apareceu na escola, nem Kristin. Imaginei que eles deviam estar discutindo sobre oque fazer com a Guerra. Tudo aquilo estava acontecendo por minha culpa, eu estava me sentindo horrivel de ter provocado isso. No fim da aula, fui até la fora para mandar mensagem para meu pai, mas Ryan estava lá no Fox dele, me esperando. Fui até lá e dei um sorriso, que talvez désse pra ver até de costas.
- Oi Ray - disse ele com um sutaque fofo.
= Oi - eu pensei. Ele abriu a porta para mim e entrou no carro - Você não veio para a escola para resolver aquilo, não é ?!
-Sim. Kristin conseguiu ouvir uma das decisões do Líder Francis ! Ele está juntando um exército para vir atrás de nós.
= Você acha que esse exército pode ser grande ?
- Sim... - ele disse sabendo que eu estava preocupada - mas não importa a quantidade, oque importa é a força, e é oque não sobra a nós! - ele deu um meio sorriso.
= Kristin sabe quando eles podem chegar?
-Não, mas... quando eles chegarem estaremos prontos.
= Ela consegue ver tudo que ela quiser e...
- Droga ! - Ryan falou preocupado. Na mesma hora teve um impulso no teto , algo havia pulado em cima do carro, Ryan tinha ouvido antes os passos da pessoa que pulou, então ele girou o carro que a pessoa voou longe. Ele saiu em 90 km/h .
= Quem era ? - eu pensei nervosa.
- Lorenic ! - na hora que ele disse chegamos em casa. Eu respirava muito rápido. - Se cuida - ele disse pegando na minha mão - Vou resolver isso .
Eu saí do carro, não deu nem tempo de fechar a porta, Ryan saiu rápido e deu um giro conseguindo fechar a porta do carro, e foi se encontrar com Lorenic. Entrei em casa, mamãe estava vendo tevê.
- Veio com o gatinho?!- ela falou
Nem dei atenção, saí correndo subindo as escadas, Fiquei no meu quarto pedindo para tudo dar certo. Eu pensei, "Como pode no começo do ano já acontecer tudo isso tão rápido ? " Quando vi já estava de noite. Depois do banho, estava colocando a blusa para dormir quando Ryan aparece pela janela, eu me assustei. Ele sorriu, fui pra perto dele.
= E aí como foi ?!
- Lorenic foi mandado lá para dizer onde irá ser a batalha. Não sei porque mas... ele disse algumas decisões do Francis!
= Quais ? - eu disse me sentando na cama, ele ficou encostado na parede.
- Kristin estava certa, Francis está tentando formar um grande exército, mas Lorenic disse que ele não está conseguindo. Eles não querem lutar conosco, vão querer pegar só você. O exército de vampiros é só pra dar medo. Não fique assustada,vamos mudar essa reta, ta bom?!
= Tudo bem ! - pensei sorrido. Ele já estava se virando para ir embora quando eu pensei - Ryan, você... pode dormir comigo ? Eu... estou meio insegura com isso.
Ele se virou, e olhou nos meus olhos, os dele brilhavam.
- Sim - ele disse baixo. Se deitou do meu lado e colocou uma mão em volta de mim, me abraçando.
= Você dorme ? - pensei curiosa e com um sorriso de lado. Ele sorriu.
- Sim. Mas a maioria das vezes só consigo dormir em pé. - eu sorri e fechei os olhos, ele deu um beijo em meu rosto - Vai ficar tudo bem !
De manhã, no sábado, mamãe me acordou com um grito dentro do meu quarto.
- Ahhh - pensei que ela tinha descoberto que Ryan estava lá, mas felizmente não foi por isso que ela gritou, ele não estava mais na cama - Eu consegui um aumento !! - Nossa, que legal, meu pai é o seu chefe, mas mesmo assim eu sorri .
- É , você mereceu amor - disse meu pai dando um beijo no rosto dela - Hoje eu faço o Café beleza?!
- Ganhei um aumento, um aumento ! - disse mamãe cantarolando. Quando me virei para a janela, Ryan estava nela, sorrindo. Ele pulou e foi para casa.
No domingo, nem sinal do Ryan. Só fui ver ele na escola Segunda-feira. Ele ficou me contando no intervalo , as coisas que ele soube sobre a Batalha.
- Kristin soube que a Guerra vai ser no Campo de Beisebol, de repente na quarta !
= Campo de Beisebol ?
-É, deve ser porque lá é grande e ninguém entra antes de Sábado.
= Entendi... - eu pensei, estava muito triste por isso está acontecendo.
- Coloca na cabeça que a culpa não é sua, tá bom? - ele pegou na minha mão e a beijou.
= Ainda amigos ?
- Ainda com a proposta de se você quiser ser mais que isso. - Nós dois rimos.
Terça-feira, falta um dia para a batalha. Estávamos na aula de Ed. Física, a professora Katy faltou, então senhor Fogg deu aula para meninos e meninas junto. Jogamos Futebol, dividimos os grupos em quatro meninos e quatro meninas em um grupo, a mesma coisa com o outro. Ryan ficou do meu lado. No meio do jogo, chutei a bola errada, ela bateu na grande barriga do senhor Fogg, ele deu um grito.
- Rachel Green! Você fez isso por querer - eu fiz uma cara de que não tinha entendido. Bem, diziam que ele sempre quis levar alguém para a diretoria, eu acreditei - Para diretoria agora!
- Senhor Fogg não pode manda-la para diretoria - Ryan se entrometeu - foi sem querer!
- Ótimo, então vamos nós três.
Nós aceitamos, e rimos. Estávamos na diretoria, o professor explicou para o diretor o porque de estarmos ali.
- Mas a Ray não fez por querer! - Ryan disse me defendendo.
- Eu poderia processar vocês !!
= Então processa o Mc Donal's por te deixar com essa barriga enorme - eu pensei. Ryan sorriu e olhou para mim.
- Não pode suspender eles porque a Rachel chutou a bola sem querer em você - disse o Diretor. Fogg ficou sem nada para dizer. Fomos dispensados.
Quando cheguei em casa mamãe já veio me perguntando.
- Você foi para diretoria Ray ? Chutou a bola na barriga do professor?! - Eu sorri - Vai ficar de castigo amanhã, não vai para festa comigo e seu pai !
Fiz uma cara de coitada mas não funcionou, ela disse que seria bom. Um encontro com o marido dela.Eu sorri, ela também, sentei e fiquei vendo tevê com ela. Papai logo chegou e deitou tambem, ficamos vendo noticiario. Dia seguinte, o grande dia. Na escola tudo normal, Ryan só me avisou que iria passar lá em casa quando meus pais saíssem, eu concordei. A noite, meus pais já estavam se arrumando e falando.
- Ouviu né, C-A-S-T-I-G-O - disse Lorenah pausadamente
- Exato, sem pizza, sem amigos, sem cachorro - John falou sério.
- A festa acaba 7 hs da manhã, mas vamos estar em casa uma 4 hs. - eu sorri
- É isso aí, sem encrenca hein mocinha?! - eu concordei.
- E vai rolar a festa... Tchau filha. Uhu - cantou mamãe indo até a porta.
- Beijo filha amamos você. - Papai fechou a porta.
= Eles já saíram - pensei, chamando Ryan. Depois de 5 minutos ele apareceu.
- Vamos, estamos atrasados. - Eu entrei no carro, e fomos.
Logo chegamos, era mesmo no Campo de Beisebol. Estacionamos o carro e saímos.
= Como vamos subir pelas escadas se está tudo fechado?
-Quem falou em escadas ? - disse Ryan sorridente
= Ryan - eu pensei. Ele me colocou nas costas e deu um pulo que foi parar já lá dentro do Estádio. Ele sorriu novamente.
Todos os vampiros da família dele estava lá, os que queriam acabar comigo não tinham chegado ainda. Na equipe de Ryan, havia um cara forte e muito grande, fiquei curiosa para saber quem era.
= Quem é aquele ?
- É um ex-lutador do MMA, ele foi mordido por uma garota-vampira fã dele. Desde então ele parou de lutar porque sempre matava o adversário com apenas um golpe.
= Nossa.
- A nossa isca chegou! - disse Jack me dando um beijo no rosto, Ryan olhou bravo para ele - Oque ? - Jack disse.
Depois disso chegaram os Adversários... Chegaram de moto. Eram muitos, deu pra perceber que conseguiram um exército. Eles pularam para o Estádio com a moto na mão.
- Galera vou subir com ela - disse Ryan. Ele me deixou discretamente na bancada lá em cima, e voltou rápido antes que percebessem.
- Falaí povo traíra! - disse um deles, imaginei que fosse Francis.
- Nós não somos trairas - disse Michael - Ela tinha visto, não pudiamos fazer nada.
- Não podia ou não quiseram fazer !? - disse um outro ao lado de Francis.
- Ela prometeu ficar de boca fechada! - disse Mary
- Cala a boca. Não viemos aqui para discutir... - Francis falou.
- Viemos pela Rachel ! - Lorenic falou olhando para mim. Ele deu um pulo para ir me pegar mas Ryan também deu um pulo e bateu de frente com ele. Assim todos começaram a brigar.
O lutador de MMA, só dava um soco na cara de um , e já arrancava a cabeça. Ryan olhou para Lorenic e disse:
- Obrigado pela ajuda! Idiota - e fez ele queimar. Kristin foi lá, deu um simples assopro e Lorenic virou fumaça.
Jack tentava pegar o assistente de Francis, Guili, mas ele sempre escapava. Por incrivel que seja, ele era mais rápido que Jack. Mas daí quando Ryan acabou de arrancar a cabeça de um, eles trocaram olhares. Jack correu atrás do assistente e Ryan correu pelo outro lado, ele conseguiu pegar a perna de Guili, rodou duas vezes e arremeçou para Jack. Jack pegou uma moto e bateu em Guili com ela, como se fosse um taco de beisebol, Guili sumiu no céu.
- Isso não era um Jogo de Beisebol !? - Jack disse sorrindo.
Kristin dava socos e chutes contra um dos vampiros, e deixou ele no chão, ela abriu espaço para Ryan, que deu um pulo e socou ele no chão. Se levantou e de costas pensou "Queima",Kristin apagou o fogo outra vez. O exército já estava acabando só sobrava quatro vampiros, os mais fortes. Infelizmente, Francis me pegou quando ninguém estava olhando.
- Seus idiotas - ele gritou. Ryan olhou desesperado,ele iria mandar queimar, mas se ele fizesse isso, eu queimaria junto, pois ele estava me segurando.
- Por favor traga ela pra cá - disse Michael. Ele deu uma piscada para Jack que estava do outro lado do Campo e para Kristin que estava ao lado de Jack.
Francis desceu de mão dada comigo, quando ele encostou os pés no chão, Kristin correu e me tirou da mão dele, Jack puxou ele para trás que bateu com a cabeça no chão, Jack tentava tirar a cabeça dele, mas Francis era grande demais e muito forte, Mary foi tentar ajudar. Enquanto isso, o irmão de Francis chamado Fred, me pegou e me jogou nas escadas, minha cabeça bateu e começou a sangrar. Ryan gritou, e foi pegar Fred, ele tirou os braços depois as pernas, e enfim a cabeça. Jack finalmente conseguiu segurar os braços de Francis, e Mary subiu na carcunda dele e retirou a sua cabeça. Kristin e Michael retiraram os membros dos menos fortes na mesma hora, e foram todos ver se eu estava bem.
- Eu não estou conseguindo mais ler os pensamentos dela - Ryan disse apavorado.
- Morde ela agora - disse Jack horrorizado.
- Eu... não consigo... - disse Ryan
- Agora Ryan, seu sangue é o mais forte daqui. - disse Michael
Ele mordeu, ficou um tempo mordendo meu pescoço, eu pudia sentir, como se fosse um choque de leve, mas eu sentia. Ryan ficou olhando para mim como se quisesse que eu abrisse os olhos logo.
- Vamos Ray, vamos... - disse Mary preocupada.
domingo, 9 de dezembro de 2012
3 Capítulo - Segredo Desvendado
Em casa, só minha mãe estava lá, meu pai tinha ido para a impresa dele, só voltava amanhã à tarde,ela estava arrumando as coisas para fazer uma matéria sobre um assassinato numa "floresta" lá perto, percebi porcausa da primeira matéria do jornal que estava em cima do sofá.
-Filha hoje eu vou lá, - apontando para o jornal, e guardando suas coisas em uma mochila - se você quiser pode vir comigo, porque seu pai só volta amanhã! - eu concordei - Tá, vai ser a noite , vou ao mercado rápidinho tá ?! - concordei novamente subindo as escadas.
Deixei minha mochila em cima da cama, sentei em minha escrivania e fiquei pensando em Ryan, como ele podia ser nervoso um tempo, e no intervalo de uma aula ser carinhoso?! Só sabia que aquilo estava estranho. Eu também imaginava que a Kristin pudia estar colocando coisas na cabeça dele, até porque, sempre que ela falava com ele, ele logo mudava de humor. Escrevi algumas coisas no meu diário, mas mesmo assim, nunca conseguia escrever tudo que eu queria. A noite logo chegou, vesti uma calça uma blusa e desci, minha mãe estava já me esperando com a mochila nas costas.
-Vamos? - eu sorri- o CameraMan já deve estar chegando. - só ela falar que ele tocou a campainha - Viu só?! - Eu imaginei "Telepatia" .
Era ele mesmo,ele era baixo, tinha meu tamanho, cabelo preto e usava um boné. Ele sorriu para mim. Mamãe disse para irmos logo, fechamos a casa e entramos no carro da imprensa. Logo chegamos no lugar, o estranho de boné disse que em 1 minuto ela entraria ao vivo.
-Meu deus ao vivo?! - disse mamãe espantada, eu ri da cara dela - Para de rir garota! - disse ela estressada, aí mesmo que eu sorri. Havia policiais ali, pessoas fofoqueiras, gente de toda parte querendo saber oque aconteceu.
-30 segundos - disse o Cameraman. Mamãe estava pálida, ela nunca tinha feito ao vivo, sempre gravado,mas ela nunca errava nenhuma fala, não sei o porque dela estar tão nervosa,seria só a chamada rápida, só para saber oque ia passar no jornal , depois que ela ficaria um tempo falando, mesmo assim ela entrou no ar e disse:
-Estamos aqui em Los Angeles, com um estranho assassinato, o corpo ainda não foi identificado mas jájá vamos vir com mais informações, com você Willians.
-Bom - disse o estranho da camera, mamãe ficou toda empolgada falando alto.
- Fui bem ? fui bem ? - eu sorri novamente.
O supervisor chamou Lorenah, falou para ela parecer menos nervosa, eu fiquei olhando, até que percebi que tinha uma pessoa atrás de uma das árvores, parecia o Ryan. Olhei em volta e fui atrás daquela pessoa, ela corria depressa. Ele podia me esperar , eu ficaria feliz, na mesma hora a pessoa parou, ficou de costas para mim, eu tambem parei a poucos centímetros, ele se virou. Era mesmo Ryan, peguei uma caneta do meu bolso e estava escrevendo na minha mão se ele estava me espionando, ele pegou no meu braço de novo e disse :
-Já disse que você não precisa escrever - ele me segurava forte,eu tirei meu braço e pensei o porque dele está repitindo aquilo, ele deu um meio sorriso , chegou perto de mim e disse - Eu consigo ler sua mente - ele se afastou.
Como assim? eu pensei, ele parecia arrependido de ter me contado aquilo, ele olhou pra mim, triste. Mas logo se virou e foi pra minha frente,parecia que ele tinha puvido alguém chegando. Estava certa, um garoto havia chegado, o problema é que eu nem tinha percebido que ele estava vindo, simplesmente apareceu.
-Saí daqui Lorenic ! - Gritou Ryan
-Então acaba com isso logo - disse o menino olhando para mim.
-Eu não vou fazer nada com ela!
-Então pode deixar que eu faço! - Lorenic avançou em cima de mim, mas Ryan me empurrou e pulou em Lorenic, os dois começaram a brigar. Ryan tentou puxar a cabeça do garoto, mas Lorenic tirou a mão dele e rolaram no mato, Ryan em cima dele e mordeu o pescoço de Lorenic, ele gritou de dor, mas então ele deu um soco nas costas do Ryan.
-Depois decidimos isso, a menos que você queira virar fumaça - Ryan jogou Lorenic longe, ele caiu de pé, deu um grande sorriso e saiu muito rápido, nem deu para acompanha-lo.
Eu levantei do chão, e fiz uma cara de medo para Ryan, ele ficou preocupado e disse se aproximando de mim.
- Desculpa Rachel ! - eu me afastei, e "falei " para ele ir embora. Mas parecia que além de ele ler minha mente, ele também sabia dos meus sentimentos - Não fica com medo Ray - falou ele com a mão em meu rosto - Por favor eu posso te explicar.
Ótimo, ele vai me explicar. Tirei a mão dele do meu rosto e concordei. Ryan pegou na minha mão e me colocou sentada no chão, ele também sentou.
= Como você fez aquilo com ele ? Quem é Lorenic ? - Eu pensei.
- Calma, eu vou explicar - eu entendi que realmente ele lia minha mente - eu não sou da mesma espécie dos humanos, sou uma espécie dos sobrenaturais. Um... vampiro.
Quando ele disse aquilo eu paralisei, como aquilo poderia realmente existir? Vampiros são só lendas, nada mais.
= Você só pode estar brincando! - eu não conseguia acreditar - Ele queria me morder ?
-Sim... mas eu nunca vou deixar isso acontecer. Desde que eu te vi, percebi que deveria te proteger - ele falava aquilo com sinceridade - Eu segui você desde que chegou aqui... Na verdade, eu senti seu cheiro, um cheiro novo na região. Talvez também eu tenha ouvido os seus passos,vampiros tem a audição muito boa.
= An... então era você no aeroporto, atrás da pilastra - eu pensei me lembrando -não acredito que você foi até lá atrás de mim!
-Eu não sabia que podia ler sua mente, só quando você chegou na escola que eu comecei a ler... Ainda não entendo o porque...
Ryan estava olhando para baixo, pensando no porque de não ter lido minha mente antes. Eu olhei para ele, e sorri, eu pensei "que fofo" , infelizmente já havia me esquecido de que ele lia minha mente. Ele sorriu.
-Amigos ?! - disse ele se levantando.
=Amigos - me levantei e sorri. Ele respirou fundo e disse:
-Sua mãe está vindo te proucurar!
Eu olhei para trás ela estava mesmo vindo, quando voltei o olhar para ele, Ryan já havia sumido. Dei um leve sorriso e fui com minha mãe.
-Oque você está fazendo aqui hein Rachel ?! - disse ela nervosa - Vamos para casa.
Antes de dormir, deitada na cama, fiquei imaginando Ryan naquele silêncio no meio da noite, naquelas árvores, eu sorri e fechei os olhos. Ryan estava na minha janela olhando para mim, concerteza ele sabia que eu tinha visto ele ali, e de repente ele sorriu .
Dia seguinte,Quinta-feira, acordei cedo, comi , estava colocando a mochila nas costas quando alguém tocou a campainha.
-Será que já é seu pai de manhã ? - mamãe falou comigo, ela atendeu e se assustou em ver um garoto pálido.
-A Ray está aí ? Sou um amigo dela de escola. - disse Ryan
-Rachel ! - disse mamãe feliz, assustada, e feliz de novo. Eu olhei e não acreditei, ele estava ali me chamando, meu deus. Fui para o lado dele.
- Obrigado dona Lorenah ! - disse ele, eu me despedi e saí. Mamãe ficou olhando pela brecha da porta nós dois.
= Ela tá olhando a gente não é?! - eu pensei
-Sim -ele sorrindo - consigo ouvir a respiração e o coração dela acelerando !
Entramos no carro dele e chegamos na escola, todos agiram naturalmente, até que me viram saindo do carro de Ryan, algumas garotas que achavam ele um "Gato" ficaram boquiabertas por ver aquilo, mas eu sabia que éramos só amigos.
-Se você quiser podemos ser mais que isso! - disse Ryan no me ouvido sorrindo, esqueci de novo que ele podia ler meus pensamentos. Kristin estava na porta da escola esperando por Ryan.
-Ryan eu não acredito que você fez isso ! - disse ela
-Ela é confiável, além disso eu não contei, ela já tinha visto, eu ia dizer oque? Que aqui é normal morder os outros ?
=Eu vou entrando na sala tá ? - eu pensei
-Claro, eu já vou. - Ryan falou olhando fixamente para Kristin.
Quando entrei na sala, lá estavam David e Becca para perguntas.
-Oque aconteceu ? Vocês já estão namorando? - disse David, percebi que as noticias corriam rápido pelo colégio.
-Ai vocês formam um casal lindo! - disse Becca, eu sabia que ela falava isso só porcausa dos ciúmes malucos dela pelo David. Dava pra sentir na voz enjoada dela. Eu neguei tudo.
-Que bom ! - David falou, Becca olhou para ele com ódio. Logo Ryan chegou na sala. Olhei para ele quando ele se sentou
=Ela não gosta de mim não é ?!
-Não é isso. depois eu te conto! - Ryan falou, talvez preocupado com oque as pessoas poderiam pensar.
Na hora do intervalo, Ryan saiu junto comigo, fomos os últimos à sair da sala.
=Você pode me contar oque ela tanto fala pra você? - eu pensei curiosa
-Os humanos não podem saber que sobrenaturais existem, é contra as regras. Caso contrário, eles vão atrás da pessoa.
= Então você não deveria ter me contado nada?
-Não iria adiantar,você já tinha visto o Lorenic e...
David e Becca apareceram, Ryan saiu andando para a cantina. De novo os dois atrapalharam.
-Agora você só vive com o pálido ? - disse David.
-Deixa a garota ! - disse Becca querendo chamar atenção à ele.
Eu neguei sorrindo, dei as mãos pra eles e fui andando. Claro, fiquei no meio dos dois pra Becca ficar com mais raiva.Deu certo. Quando estávamos sentando na mesa, Ryan puxa a cadeira para mim sentar, e sorri . Ele sentou do meu lado também. Becca e David ficaram olhando para nós, Becca com um sorriso e David desconfiado.
- Depois quero falar com você - disse Ryan olhando para Kristin, também olhei para ela, estava atrás de nós, ela estava nervosa.
-Bem então... - disse a enjoada Becca - vamos pegar algo para comer David? - ela disse empurrando o ombro de David. Ryan deu um meio sorriso, de repente porque deve ter sentido o coração de um dois acelerando ou desacelerando. Os dois se levantaram.
- Eu preciso que você vá na minha casa hoje! - disse Ryan
= Porquê ?
- Para os meus pais e meu irmão conhecer você, e também, você tentar se aconciliar com Kristin.
= Tá... tudo bem. - falei meio nervosa, eu iria conhecer os pais dele. Ele deu um sorriso.
-Olha... desculpa mas eu não consigo gostar daqueles dois - eu sorri- vou ficar com a minha irmã está bem ?
= Tá - eu pensei. Ele me deu um beijo na testa e se levantou. Foi ficar com a outra enjoada.
- Ué?! Cadê ele ? - disse Becca se sentando.
-Já foi tarde... - disse David olhando para bandeija dele. Becca jogou uma pipoca nele, eu sorri.
Ryan me esperou na porta da escola, e me levou pra casa, já que meu pai ainda não havia chegado. Falei para ele que iria avisar para minha mãe antes que fossemos para casa dele, ele concordou. Batemos na porta, mamãe veio atender.
- Olá ! - disse ela.
-Oi, queria saber se a Rachel pode ir para minha casa - Lorenah fez uma cara estranha e olhou para mim, Ryan percebeu e disse - É para um trabalho de Biologia, será rápido eu trago ela em casa, além disso minha irmã vai estar lá - Kristin apareceu e disse Oi .
- Ah, então tudo bem! Bom trabalho para vocês! - disse mamãe. Ela fechou a porta.
-Porque você me chamou aqui ?! - disse Kristin
-Se você não tivesse aqui, ela não iria deixar Ray ir conosco! - Ryan disse - Não fica assim Ray . - ele sentiu que eu estava desconfortavel .
Entramos no carro e logo chegamos na casa deles. Ela era enorme, era lilás, com janelas brancas. Tinha uma porta enorme de vidro, e muitas flores, plantas lá. Saí do carro e fiquei espantada, aquela casa era a mais linda que eu já tinha visto. Kristin saiu correndo do carro, ela era muito rápida. Ryan ficou sorrindo olhando para mim, colocou os braços em minha costas e disse para irmos. Lá dentro não havia tevê, sofá, nada do tipo, e era frio, muito frio.
-Vamos subir ? Eles já devem estar esperando - Ryan disse. Eu concordei.
Subimos, lá estavam eles, três pessoas.... três vampiros.
- Esse é meu pai Michael - disse Ryan - E minha mãe Mary .
Eu sorri, eles também, menos a emburrada da Kristin.
- O Jack já está chegando... ele demorou um pouco na escola.
= Quem ? - eu pensei
-Ele é meu irmão... ele vai gostar de você - Ryan falou sorrindo
- É, ele gosta de tudo que seja garota! - Disse Mary. Só falar em Jack, que ele pulou a janela, ele tinha cabelos castanhos claros tambem, mas os olhos dele eram verdes.
-Cheguei Familia ! - disse Jack dando um beijo nos pais dele.
-Quantas vezes tenho que dizer pra você não pular essa janela ? - falou Mary brava. Jack levando as mãos como se não tivesse sido por querer.
-Olá gata ! - Jack beijou a minha mão.
- Não brinca com fogo, literalmente - todos riram - Eu posso queimar pessoas atráves do pensamento - disse ele me explicando. Pensei, Uau.
- Então, porque estamos aqui ? - disse Jack com ar de desinteressado.
- Porque seu irmão preferido traiu o acordo com os outros vampiros! - disse Kristin
- Oque eu poderia fazer Krisitin? Tem que ser tudo do seu jeito ? - Ryan falou nervoso e gritando.
-Parem - Michael falando- ficar brigando não vai adiantar nada. Por enquanto eles ainda não sabem.
Kristin ficou olhando pro nada, paralisada. abriu a boca mas não falou nada. Ryan percebeu que o coração dela acelerava.
-Fale Kristin - disse Michael
- Eles já sabem! Vão se vingar e pegar Ray, eu consegui ver a decisão dele.
Todos ficaram parados. Pensando naquilo. Kristin trocou olhares om Ryan. E o motivo daquilo era eu.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
2 Capítulo - A Nova Escola
Dia seguinte. Dia de escola. 7:00 da manhã já estava de pé, colocando a roupa, podia ir com sua própria roupa exeto saia a cima do joelho, então escolhi uma calça rasgada uma blusa preta e um bolero branco com uma caveira, ideal para pensarem que sou uma valentona. Mãe já estava chamando para tomar café, eu desci.
-Nossa filha, tá uma gata! - disse meu pai, eu sorri.
-Para me impressionar garotos ?-disse mamãe.
-Que negócio é esse? - disse papai olhando para Lorenah - sem garotos.
-Claro John - mamãe piscou para mim.
-Que tal uma carona para escola filha ? - Fiz sim com a cabeça.
Acabamos de comer, e fomos para escola. No carro eu vi que a escola era muito grande, parecia uma mansão, Olhei pro meu pai e apontei com uma cara de "é aqui ?", ele entendeu.
-É sim, bem grande né?! Mas tambem, tem mais de 100 alunos que estudam de manhã.
Eu fiquei um pouco no carro, depois saí.
-Ei, papai não ganha beijo não? - dei um beijo nele e dei tchau, ele foi para o trabalho.
Fiquei alguns segundos encarando aquela escola, as pessoas, os carros que as pessoas tinham. Que loucura. Então o porteiro abriu a grade.
-Bom dia ! - eu sorri
Aquela escola era estranha, eu não conseguia distinguir a população daquele lugar, era cheio como um Jogo de Futebol, e vazio comparado ao Carnaval do Brasil. Fui andando para chegar na escola e um idiota falou:
-Carne nova na área pessoal (risos)
Ignorei e continuei andando, o sinal tocou e todos foram entrando na escola. Eu estava com o papel com o número da minha sala, estava escrito "Corredor 2, número 6 ". Como eu iria achar num colégio tão grande assim. Quando virei, estava escrito numa parede Corredor 2, quando entrei, várias salas tinha lá. Fiquei um tempo indo pra lá e pra cá, até que esbarrei com um garoto loiro, olhos verdes parecia que eles estava atrasado.
-Desculpa - então olhou pra mim- Ah oi, eu sou David Black, e você ? - Eu fiz que não com a cabeça, querendo explicar que eu não conseguia falar-Ah, você é a Rachel certo?!
Então percebi que já estavam sabendo que uma garota muda iria estar no colégio, me senti estranha. Então ele viu que éramos da mesma sala e me acompanhou até lá. Quando entrei na sala, David me apresentou ao professor, e se desculpou pelo nosso atraso. A sala era como todas as escolas que eu já fui. Nas fileiras da frente, os nerds, dava pra perceber pelo número de livros na mesa, no final, os valentões do basquete e as patricinhas. E na fileira do meio, só reparei em um garoto, um garoto pálido. Ele olhava fixamente pra mim, olhou desde que eu entrei na sala. Ele era lindo,tinha cabelos e olhos castanhos claro, meio que um topete.
-Então você é a Rachel Green, muito bem, sente-se!- disse meu professor, senhor Phileas.
Eu me sentei, tendando não olhar para o garoto pálido, iria chama-lo assim! Então o professor disse para que formássemos duplas para fazer o trabalho de biologia.
-Eu posso fazer... - disse David
-Com você ? - disse o pálido interrompendo David. Eu fiquei confusa.Eu escolheria o garoto que me ajudou a entrar na minha sala, ou o garoto pálido? Olhei para frente, e esperei os dois se decidirem. O garoto pálido continua-va olhando para mim, até que David se afastou e foi fazer o trabalho com a Rebecca, uma amiga dele, que olhou para nós dois quando entramos na sala. Ele então, sentou ao meu lado e disse:
-Olá... eu sou Ryan Hall. - eu sorri, sem olhar para ele - Você é a Rachel não é? - Então escrevi no papel "Ray" . Ele sorriu, não sei o porque, mas não conseguia olhar nos olhos dele.
-Então você é do estilo rockeira. Eu gosto de meninas assim.-eu escrevi na folha " eu gosto bastante de rock sim" - An... - ele falou pausadamente - você não consegue falar certo? - Foi aí que eu consegui olhar para ele, ele tinha um olhar lindo, digamos perfeito. Então eu pensei, se eu não estou dialogando com você é porque não consigo falar. Virei para frente de novo
- Eu sei que a resposta é óbvia, só estava tentando dialogar com você - disse ele meio nervoso. Eu me senti estranha, foi como se ele estivesse lido minha mente. O sinal tocou, e os mais eufóricos saíram correndo da sala, inclusive Ryan. Parecia que ele ficou feliz de ter se livrado rápido da sala. De mim.
-Vamos Ray - disse David, eu levantei e sorri, Rebecca fez uma cara de metida para mim, mas nem liguei.Na lanchonete, enquanto Rebecca e David compravam o lanche, Ryan estava em pé com uma garota, fiquei olhando para eles, até que Becca virou e disse sorrindo:
-É a irmã dele, ele não tem namorada, mas não fique animadinha porque ele não conversa com ninguém, foi um milagre ele ter falado com você. - Eu continuei olhando para ele, até que ele olhou para mim com cara de preocupado. Eu me virei na mesma hora disfarçando.
Na hora da saída, proucurei pelo Ryan mas ele já tinha ido embora.
-Ele sempre vai embora rápido Ray. -disse David -Então, quer que eu te leve para casa ? -Eu sorri e concordei
-E eu hein garoto? - disse a enjoada e apaixonada da Becca com cara de vítima.
-Claro, pode ir também
Então ele me deixou primeiro, eu só sabia o endereço por ter escrevido no papel.
-Bem, está entregue. -sorri, e dei um beijo no rosto dele - Tchau- eu sorri novamente.
-Tchau Rachel - disse Becca brava, assenei e fui indo para casa. - Ei, vai ficar olhando para ela ou vai me deixar em casa?
-Ah claro, claro. - disse David ligando o carro.
Entrei em casa. mamãe estava assistindo Tv.
-Ué veio com quem hein mocinha?! - Sorri para ela e subi, ela sorriu também.
Coloquei minha mochila na cama e fiquei um tempo pensando na escola, em David, na enjoada da Becca, e em Ryan. Ele era tão estranho, misterioso, nem sei a palavra certa para isso, nem entendi porque fiquei um tempo pensando nele. Depois comecei a escrever no caderno como tinha sido meu dia para mostrar para minha mãe, eu sempre fazia isso para ela, lá escrevi exatamente tudo que aconteceu, não expliquei muito sobre o garoto pálido, mas ela não precisa saber detalhadamente como me senti. Mais tarde, quando fui dormir, meu pai entrou no meu quarto para falar comigo.
-Garoto pálido não é ?! -Que ótimo, mamãe contou tudo para ele, uma as razões que eu não digo exatamente tudo para ela - Achei que você gostava mais de bronzeados - dei um tapinha nas costas dele, ele sorriu - Que ótimo que seu dia foi bom filha. Bem descanse para amanhã, boa noite, eu te amo - disse ele batendo no coração, esse era nosso modo de dizer "eu te amo" , também bati no coração.
Ele apagou a luz, e fechou a porta, então eu apaguei. No meio da noite, senti uma presença de alguém, senti como se alguém tivesse do meu lado, como fotógrafos que estão em busca de famosos. Eu abri os olhos, e quando virei para trás não havia ninguém,não sentia mais aquilo. Me virei e tentei dormir de novo. Mas um dia na escola, mas dessa vez Ryan não falou comigo, ele ficou me olhando, mas não abriu a boca para falar nada. Na cantina, a mesma coisa, ficava conversando com sua irmã chamada Kristin Hall , ela tinha cabelos longos e dourados, todos os garotos achavam ela linda,mas ela, como Ryan, nunca conversou com ninguém. Ela era tipo a popular da escola sem ter popularidade. Ryan ficava conversando com ela, e olhando para mim, eu gostava quando ele fazia isso, mas não entendia o fato de ele não se jogar em cima como os outros garotos, eu gostava disso. Ryan só falou comigo na aula de Biologia, quando o professor Philieas pediu para terminar o trabalho em dupla, Ryan respirou fundo e sentou ao meu lado, como se nào quisesse estar ali. As vezes parecia que ele gostava de mim, outras vezes, que não. Eu me perguntei o porque ele estar fazendo aquilo, o porque ele estar agindo desse jeito. Foi aí que ele falou, como se tivesse lido minha mente novamente:
-Não é nada com você Ray, eu briguei com meus pais hoje!Desculpa. - Afirmei, e escrevi "sei como você se sente" no meu caderno. Ele sorriu - Que ótimo!
-Então... porquê você veio morar em um lugar tão longe de onde você morava? - Como ele saberia que eu morava tão longe de onde estou? escrevi no caderno "como você sabe que eu morava longe ? " . Ele me olhou com uma cara de preocupado e disse - A... a diretora tinha nos avisado o essencial sobre você - e deu um meio sorriso, ainda com cara de preocupado. Eu então pensei em perguntar mais coisa sobre ele, eu queria muito ser a primeira pessoa daquela escola a falar com ele, mas aquela não era a hora certa, tinhamos que fazer o trabalho, infelizmente.
-Pode me fazer perguntas se quiser, perguntas essenciais!- Ryan falou sorrindo. Resolvi escrever no caderno o tipo de pergunta mais óbvia, o porque dele não falar com ninguém daquela escola a não ser sua Irmã Kristin, mas antes que eu pudesse escrever, Ryan segurou na minha mão, suas mão eram geladas e quentes ao mesmo tempo, talvez eram tão geladas que causava a possibilidade de causar um choque à esquentar.
-Não precisa escrever, eu... -ele parou de falar e olhou para o nada como se estivesse pensando em algo - tenho uma habilidade de entender pessoas com o olhar.
Certamente ele não iria entender oque eu iria perguntar naquela hora, e eu nem sou boa em Quimica, ainda mais tentar falar algo com o olhar. Então eu sorri, e ele também. Eu quis acabar com aquele assunto, não iria chegar em nada mesmo, apontei para o trabalho e ele entendeu.Logo acabamos o trabalho. O senhor Phileas pegou nosso trabalho e disse:
-Muito bem Senhor Hall e senhorita Green, nada mal - e deu uma piscadinha para nós. Ryan e eu trocamos olhares e sorrisos. Ryan então falou:
-Você é uma garota bem esperta! E apesar disso... é linda. - eu fiquei parada ali, ele havia me chamado de linda! Mas logo o sinal tocou para acabar com tudo de uma vez,quebrando o clima, entre eu, e o garoto pálido. Aula de Educação Física, garotos de regata... Ryan de Regata. Na escola havia duas enormes quadras, uma era para meninas, a segunda para meninos. As duas eram separadas por uma cerca enorme, mas tinha uma portinha para que algumas pessoas pudessem ir pra lá fazer algo, inclusive, a Kristin, que foi logo falar com Ryan. Antes que ela chegasse ao lado de Ryan, ele olhou para mim e sorriu, eu respondi sorrindo de volta. Quando Kristin chegou perto dele, ele mudou a feição, fez uma cara de tristeza e ao mesmo tempo de raiva, na verdade, eu não conseguia decifrar os tipos de sentimentos que ele fazia pelo rosto. A professora apitou para começar o jogo. Senhorita Katy, ela era loira, olhos escuros e corpo ótimo para uma professora de Ed.Física . Ah, e o senhor Fogg, Professor dos meninos, ele era gordinho, sem corpo ideal para aquela matéria, e o mais impressionante, ficava babando pela professora Katy. Tadinho, ele não tinha chances. Ryan riu lá do outro lado da quadra. O jogo de queimado durou meia-hora só em uma partida, os dois times eram bons, e eu era bem rápida para pegar a bola e correr. Fim de jogo, meu time ganhou, no último segundo. Voltamos para a sala de aula, aula de Matemática, o professor já tinha começado, Ryan foi o último a chegar da turma, estava com uma cara estranha. Eu olhei para ele, e fui escrever no papel se estava tudo bem, antes mesmo de eu pegar a caneta ele falou:
-Eu estou bem! - ele falou com frieza. Olhei pra ele emburrada, e voltei a prestar atenção na aula. O sinal tocou depois de 1 hora, avisando que as aulas tinham acabado. Ryan passou muito rápido, muito menos me disse tchau. Nem liguei, dei adeus para David e Rebecca, mas ele então disse:
-Ei, não quer que eu te deixe em casa? - Rebecca olhou para mim emburrada, eu neguei . Becca deu um sorriso sacástico e acariciou as costas de David, eu saí da sala. Meu pai já estava lá fora me esperando, com o nosso lindo carro prata.
-Como foi seu dia ? - disse meu pai tentando saber se eu falei com o pálido, como eu havia falado para a mamãe. Fiz um sinal dizendo que foi tudo bem. Assim que meu pai ligou o carro, Ryan estava no canto da rua olhando para mim com a cabeça baixa, eu o ignorei, não iria aprovar o jeito dele de ser bipolar. Não daquele jeito. Lorenah nem tinha percebido que eu tinha chegado em casa, estava falando no telefone sobre o trabalho, ela parecia brava e abalada, o bom foi que não precisei dar satisfações do dia confuso que tive hoje. Fiquei o dia inteiro no meu quarto, passei o dia vendo tv, à noite fiz dever e esse então foi meu dia, não podia piorar.
Escola 9:30 da manhã, já estávamos no refeitório, Ryan, não tinha falado comigo naquele dia, ele ficou essas duas horas com sua irmã. Eu e meus amigos estavam numa mesa no centro do salão, Ryan estava no outro canto, bem longe de nós. Em um lugar meio vazio e escuro. Olhei pra ele e levantei para pegar a comida, eu não costumava comer na escola, digamos que não confiava na comida,mas não ia ficar aquele tempo todo olhando para ele. Estava colocando a comida quando ele chegou perto de mim.
-Ham.... Oi - como ele depois de um dia sem falar comigo poderia vir para perto e simplesmente me dizer "Oi" ? - Eu sei que você deve estar achando estranho minha mudança de humor - olhei com raiva para o rosto dele e virei de novo - Desculpa, é que... sinto que nós vamos ser melhores amigos e piores ao mesmo tempo. Eu só quero que você me perdoe.
Os olhos dele brilhavam, e eu senti que estava falando com sinceridade, eu aceitei, e sorri. Peguei minha bandeija, e estava indo me sentar na mesa com os meus amigos, Ryan pegou no meu braço e disse:
-Vamos sentar ali ! Não gosto muito deles !
Fomos pra uma mesa onde não pegava sol, perto de onde sua irmã estava sentada. Sentamos eu abri o sanduiche, parti ele ao meio e ofereci um pedaço para Ryan.
-Não obrigado! - disse ele- Na verdade eu estou com sede! - Peguei o meu suco e dei para ele, ele riu - Não... você não gostaria de me ver beber oque eu estou com vontade, acredite - e sorriu de novo. Eu não entendi, mas sorri também. Ele ficava me olhando comer como se estivesse morto e fome. Eu pensei nisso, ele deu um meio sorriso e olhou para atrás de mim, na mesma hora ele desfez o sorriso. Eu me virei e percebi que ele estava olhando para Kristin, ela estava com uma cara de apavorada, nervosa, estranha. Olhei para Ryan e escrevi no bloco "Ela não gosta de mim não é ? " .
-Talvez - ele respondeu - Ela não gosta que eu tenha muito contato por aqui.
Então eu pensei, porque ela não gostaria? a vida é dele e não dela. Ele me olhou com uma cara estranha, e assim tocou o sinal, salvando ele de não me responder.
-Preciso ir ! - Ele disse se levantando da mesa. Legal, mas uma vez sumindo de vez. Mais uma vez sem tantas explicações. Ele foi para outra sala, era a de "Pesquisas Ideológicas" uma matéria que eu não participava, só algumas pessoas da nossa sala. Mas então, fui para aula. Na hora da saída, Ryan estava me esperando do lado de fora da sala, quando saí ele foi atrás de mim.
-Oi... de novo. Eu só queria te dizer adeus. Na última vez eu não fiz isso e sei que você ficou chateada, então, vim me despedir. - ele me olhava nos olhos, ninguém nunca me olhou daquele jeito. Ou eu estava certa sobre do jeito que me olhava, ou eu tava tão obcecada que ficava imaginando coisas. Eu Sorri, e assim ele foi embora.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
1 Capítulo - A Mudança
É Outono. Enquanto as pessoas estão tirando as folhas de frente de suas casas, estou arrumando as malas para me mudar pra Las Vegas. Estamos nos mudando porcausa do trabalho da minha mãe, Lorenah Green, que está casada com meu pai John Green.Meu pai é o patrão dela, então eles vivem levando assuntos sobre o trabalho pra casa, acho que é por isso que eles vivem discutindo, e depois se falam como se nada tivesse acontecido. E eu, sou Rachel Green, mas prefiro que me chamem de Ray, deve ser porque meu nome parece com os daqueles seriados de tevê, que cantam e dançam por todo o colégio.Eu não consigo me dialogar, eu não costumo comentar coisas que acontecem na minha vida. Gosto bastante de florestas, ar livre, sem pessoas que te julgam ou zoam você pelo o que você é. Mas falando em colégio, vou para um lugar chamado "Vegas Univesity" um colégio novo, com pessoas novas. Digamos que ainda não estou preparada pra isso, ainda mais por um problema. Eu sou Muda . E as pessoas levam um bom tempo para se adaptar comigo, inclusive eu mesma. Meus pais fazem o melhor possivel pra eu me sentir "Igual" à todos, o problema é que eu não me sinto e nunca vou me sentir. Uma adolescente com 16 anos normalmente saíria com os amigos e iria a festas. Qualquer uma, menos eu. Eu não queria me mudar, minha vida já estava feita ali, e demorou um pouco para me adaptar. E agora vou ter que me mudar. De novo. As malas estavam prontas para o dia seguinte, para o idiota dia seguinte.
Eles levantaram cedo, já eu , fiquei na cama fingindo estar dormindo pra ver se me levavam no colo para re-lembrar os 6 anos de idade. E não funcionou. Fomos de carro, mais ou menos uns 30 km, e nesse caminho todo fiquei olhando pela janela, e pensando como seria o meu primeiro dia naquela cidade, seria bom, mal, ruim, péssimo. Sim, eu só via um lado positivo, casa maior. Eu ficava imaginando o pessoal fazendo piadinhas sem graça no colégio como no ensino fundamental. Eles me azucrinavam, jogando bolinha de papel, e me chamando de "Hello Kit" apesar de ela falar nos desenhos. Mas tentei ficar sem pensar nisso o máximo de tempo possível. Chegamos no aeroporto, e assim no avião. Nos bancos ao meu lado, havia um garoto, que parecia ter a minha idade, e era bonitinho. Quando sentamos no banco minha mãe perguntou:
-Você quer sentar na janela?- eu fiz não com a cabeça e olhei para o garoto- Ah entendi!- disse ela.
Quando me sentei na cadeira perto do corredor, meu pai disse para eu colocar as malas naquele lugar em cima das cadeiras. Com cara feia eu coloquei. E então o menino esbarrou em mim:
-Desculpe -disse ele- Eu sou Kenam, e você ? - se sentando.
Eu fiquei sem ação, mas conesegui gesticular o nome "Ray". Ele demorou um pouco para entender, mas enfim, entendeu. Ficamos o resto da viagem sem se falar. Até porque eu não queria puxar assunto, eu não consigo falar.
Enfim, Las Vegas. Saímos do avião, e fomos pegar as malas. Quando fui pegar minha mochila, vi um garoto estranho atrás de uma das colunas do aeroporto. Ele ficou olhando pra mim algum tempo. Eu desviei o olhar, mas quando olhei de novo, ele não estava mais lá. Fiquei imaginando se era coisa da minha cabeça, mas não liguei muito para isso. Pegamos um taxi. Fiquei olhando pela janela aquele lugar, tenho que admitir, era lindo. Mas logo chegamos em casa. Ela era bem bonita, e já estava pronta. Meu pai havia ido lá para arrumar tudo. Subi as escadas para ver o meu quarto.Ele estava roxo,havia uma mesa de computador, e alguns Puffs.A parede estava grafitada, uns desenhos abstratos, que para mim não faziam sentido. Simples, mas maneiro. Guardei minhas coisas, e desci, estava morrendo de fome. Acredita que numa viagem de 3 horas,a comida é uma barra de cereal ? Eu desci, e preparei um sanduíche, com queijo , tomate e katchup. Quando fui dar a primeira mordida minha mãe chamou. Tá, talvez eu possa comer depois:
-Ray, venha aki, os vizinhos querem te conhecer.-disse ela
Então abri a porta. Os vizinhos eram apenas duas pessoas, um casal. O Mr.Duff, tinha uma barriga grande, uma barba branca e careca.Usava óculos de surfistas, vai ver ele era um.Os olhos deles eram fundos com uma bola de gude. Me chamava bastante atenção. Mas ele parecia mesmo era com o Papai Noel. Isso ficará um ótimo apelido para ele. A Sr.Duff, tinha o cabelo branco e curto, encaracolados como uma boneca, óculos redondos igual das vovós dos Contos de Fadas. Seus olhos brilhavam como diamantes. Eu fiquei indignada com aquele casal, de verdade.
-Olá Rachel... Óh desculpa, Ray não é?-Disse a Sr.Duff
Fiz sim com a cabeça e sorri.
-Você é uma garota bem bonita, gostei do seu estilo, bem rock and roll.- Disse o Mr.Duff fazendo sinal de rock.
Todos riram.
-Quando vocês quiserem vir aqui ficar conosco, só avisar. -Disse minha mãe para o senhor e senhora Duff.
Me despedi e entrei. Acabei de comer meu lanche e subi para mecher nas coisas. Sério, aquele grafite me assustava, me deixava confusa, por mais que eu tentasse não conseguia desvendar aquilo. Sentei na cadeira da mesa do computador, e fiquei pensando como seria passar o natal ali com o Papai Noel e a Vovózinha . Como eu iria me adaptar ali, naquele lugar frio e quente ao mesmo tempo? Eu só esperava que o final do ano passasse rápido, rápido como um piscar de olhos ou na velocidade da luz. Eu só queria enfrentar a escola logo e acabar com a agonia.
Dia seguinte, 10 de dezembro,fim do outono. Acordei com a luz do sol batendo no meu rosto. O sol brilhava pela janela, mas ele era gelado como se estivesse nevando.Olhando pela janela não havia niguém às 9:00 hs da manhã. Me vesti, e desci. Minha mãe já estava de pé preparando o Café .
-Bom dia filha !-Falou minha mãe. Eu sorri para ela.
-Os Senhores Duff gostaram de você, pediram até para ir visita-los. -Disse meu pai.
Eu sorri e fiz sim com a cabeça, o Papai noel e a vovozinha até que eram legais ! Estava passando noticiário na tv, mortes e mais mortes sem causas, eu estava ficando realmente com medo daquele lugar.
-Consegui uma bolsa para sua escola, 50%. Não é muito mas dá para ficarmos felizes.-Minha mãe disse.
-Só você né querida?! Com o valor daquela escola, dá pra fazer um shopping - Disse papai. Mamãe riu.
O celular tocou. Era do trabalho, Lorenah atendeu. Ela ficou conversando com uma voz de felicidade como se estivesse ganhando um aumento, ela trabalhava como jornalista, escrevia nos jornais sobre "Coisas Superinteressantes" que na verdade eram péssimas,pelo menos para adolescentes como eu. Papai me deu o lanche com aspecto feliz.
-Eu que preparei, eu sei que você gosta mais da minha comida doque a da sua mãe. -Eu sorri e ele também. Era verdade que eu amava a comida do meu pai, era molhada como se sempre tivesse um molho, já a da minha mãe era seca, como se nem tivesse colocado água. Mamãe desligou o telefone.
-Eles querem que eu escreva sobre o número de mortes dessa cidade ! - Minha mãe adorava escrever sobrecoisas de terror,mortes... coisas do tipo. Isso eu puxei a ela.
-Que bom amor.- Disse meu pai com voz de desinteressado.
-Aé, obrigada. - disse Lorenah assanhando o cabelo de John.
Eu sorri mais uma vez.
-Filha porquê você não vai ver se tem algum vizinho "interessante" ? - Disse mãe com um sorriso no rosto.
- Que negócio é esse Lorenah? Vai deixar ela sair por aí sozinha e... -
Eu sorri, me levantei e saí de casa. Meu pai ficou olhando para porta com uma cara boba. Mamãe sorriu para ele e continuou cortando os vegetais para o almoço. Sim, Lorenah sempre começava a fazer o almoço depois do Café da Manhã.
Na rua, ninguém interessante, algumas garotas dando em cima de alguns garotos, coisa típica delas nessa idade. O senhor e as senhora Duff estavam na varanda de mãos dadas. Muito fofos. Resolvi dar um Oi pra eles. Quando fui andando, os garotos mecheram comigo.
-Que saúde hein?!
-Volta aqui princesa.
As garotas chingaram eles e me olharam em torto. Nem liguei e continuei indo a casa do Papai Noel. Chegando lá acenei para eles, e eles sorriram e disseram:
-Que bom que você veio menina! - Disse o senhor Duff
-É verdade porque você não entra hein?! -disse ela
Eu sorri.
-Então vamos!
A casa deles era bem coisa retrô mesmo, mas não era como toda casa "de velho" , tinha várias coisas da moda lá, como cadeiras de ferro com estofado de camursa, a parede era cor de vinho com várias fotos por todo lugar. Quando virei, levei um susto, em uma parede, de frente para a mesa de jantar havia várias cabeças de animais pendurados com o ano em baixo. Como a pessoa pode comer vendo animais empalhados ?
-Bom, eu caçava!-disse sorrindo- percebeu né? - eu olhei com uma cara de medo para ele - Aqui havia muitos animais , mas com o tempo veio desaparecendo. E foi tão rápido que nem acredito que tenha sido a caça que fez eles entrarem em extinção por aqui. É como se tivesse alguma coisa a mais...
- Ah Gerald, você com suas teorias !
Eu não acreditei na senhora Duff, acho que ele estava certo. Algo me dizia que aquilo era verdade, não sei oque, mas eu sentia .
Eles me convidaram para almoçar, eu aceitei. Também quem resiste à Strogonoff de Carne.
Tenho que admitir, a comida dela era bem melhor doque da minha mãe. A Sheila, senhora Duff, me disse que colocava um tempero a mais, por isso ficava melhor. Eu escrevi para ela, para que ela fizesse a Ceia de Natal. Ela sorriu. E eu tentava não olhar para os animais na parede, era horrível comer olhando para aquilo. Depois que agradeci, fui para casa.
Cheguei em casa, e minha mãe já foi me perguntando onde eu tava e porque não almocei, apontei para a porta, a Sheila estava lá, então fui ao meu quarto. Arrumei as coisas da escola, apesar de eu só começar a estudar só no ano que vem. Bem, faltavam poucos dias para o natal, estava feliz para aquele ano acabar logo!
Os dias seguintes foram todos iguais, assistir Tv , ir a casa dos vovôs, garotos me deixando com raiva e mamãe e papai felizes pelo trabalho. Eu achava que só eu mesmo estava meio triste naquele lugar, pelo menos é como eu achava que me sentia.
24 de dezembro, algumas horas para o natal, estavámos todos arrumando as coisas para Ceia, e Sheila cozinhando meu Strogonoff, ela sorria para mim e eu de sorria de volta. Quando tudo acabou, sentamos na mesa, e o Gerald ficou contando histórias de suas aventuras para nós. Então no ano novo, antes da meia-noite, eu olhei para o céu na varanda e pensei em tudo que poderia acontecer, e queria que fosse tudo bem! Meia-noite, fogos de artificio. Eu sorri, como se aquilo fosse sido uma resposta. Meu pai saindo correndo que nem louco para me abraçar.
-Feliz ano novo filha! Uhu- minha mãe me deu um beijo em seguida.
-Vamos pegar um drink, vamos logo - disse minha mãe chamando meu pai.
Eu continuei na varanda, olhei para a casa do senhores Duff, eles estavam abraçados vendo os fogos, a Sheila entrou para pegar o telefone e Gerald assenou para mim, assenei de volta.
Apenas dias para ir a escola estranha, apenas dias.
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